Um tipo de matéria que teremos vez ou outra aqui no blog é resenha de shows, para que a cena underground seja valorizada, não apenas entrevistando, resenhando ou apresentando incríveis vocalistas mulheres, mas também pelos shows insanos que rolam por esse Brasil, principalmente por São Paulo e região, nossa casa. O primeiro trabalho neste estilo é este que trazemos agora. Este fest foi sensacional e o Oroborus esteve lá, através da Caterine Souza. Confiram abaixo um pouco de como foi tudo isso.
Um dos prédios mais antigos de Santos, SP, situado ao lado da Bolsa de Café e datando de 1818, Tribal foi escolhido para um festival insano neste último dia 15. A produtora Music Station, trouxe um line-up diversificado com bandas incríveis, locais ou não, para dividir palco com Stiger, grupo que lançava seu single ‘Fuck Off’.
Uma garoa incomum não impediu que a galera saísse de casa para prestigiar nove bandas incríveis. Em sua maioria muito jovens, mesmo com o atraso, aguardaram animados a abertura da casa para Chill Out, Nashville, Age of Blood, Espera XIII, Voiden, Rippery, Hillstones, Mad Mamba e Stiger.
Uma garoa incomum não impediu que a galera saísse de casa para prestigiar nove bandas incríveis. Em sua maioria muito jovens, mesmo com o atraso, aguardaram animados a abertura da casa para Chill Out, Nashville, Age of Blood, Espera XIII, Voiden, Rippery, Hillstones, Mad Mamba e Stiger.
Mas bora falar de cada banda que é o que interessa, certo? A banda que chamou os presentes a ver o que estava acontecendo no palco foi Chill Out, abrindo o fest com covers de rock mais para os sucessos de Foo Fighters, CPM 22 e Raimundos.
A segunda chegou com um cover impecável de The Darkness, aliás, um dos pontos altos de Nashville. O visual e o carisma com o público estavam ali, muito bem casados com a sonoridade hard rock. As faixas autorais, ‘Heartbreaker Troublemaker’ e ‘Party Animal’, mostraram a qualidade dos três integrantes em palco, marcando muito bem o papel de cada um na banda.
O metal de peso começou a surgir com a terceira banda. Age of Blood trouxe instrumental primoroso. Todas as faixas foram muito bem encaixadas com os vocais de Jefferson Castanheira, fosse cantando Savatage, Pantera ou a incrível autoral ‘Inside My Mind’. A intimidade com a plateia era nítida quando se ouvia gritarem o nome da banda.
O peso aumentou com a quarta banda da noite, Espera XIII, e seu black/death. Primeira vez da paulistana em terras santistas e já chegou tirando as pessoas de seus lugares. Num setlist quase todo autoral, exceto por uma faixa do Bloodbath, os destaques vão para ‘Alliance’ e ‘End’. O surpreendente também ocorreu no momento em que a corda da guitarra estourou, colocando a prova os talentos de frontman do vocalista Renan Brito, que o fez com maestria.
Voiden, já conhecida do público, chegou destruindo com a sequência de sua autoral ‘Elder Blood e ‘Enemy of God’ do Kreator. ‘The Pentagram Burns’ do Satyricon e ‘Crystal Mountain’ do Death, ao lado das fenomenais ‘Crawling Chaos’ e ‘Hypocrisy’, levaram boa parte da galera ao mosh. ‘Arise’ do Sepultura foi uma faixa insana junto de integrantes do Sephion, banda santista de heavy metal. Cada solo, fosse de guitarra, por Junior Sagster ou Lucas Gatti, ou bateria, por Renan Bianchi, internalizava nas pessoas a sonoridade sensacional de puro metal muito bem construído pela banda.
Rippery, a sexta atração da noite, trouxe uma apresentação incrível e experiente para tão jovens integrantes. Fãs na plateia foram constantemente alimentados pela presença de palco deles, principalmente do vocalista Jean Luca. O setlist da banda de heavy metal foi muito bem pautado. Contou como destaque, covers de Megadeth e as autorais e eletrizantes ‘Feel The Rush’ e ‘Louder and Heavier’.
Hillstones, também conhecida do público da baixada santista, chegou com seu grunge/alt-rock. Covers de Silverchair, Nirvana e RATM, foram trazidos muito bem pela banda, com destaque para as famosas no mundo do rock alternativo, ‘Even Flow’ do Pearl Jam e ‘Like A Stone’ do Audioslave.
A penúltima banda a subir nos palcos do Tribal Club foi Mad Mamba. Também conhecida na região e, assim como o Voiden, se apresentou no famoso Metal Land Fest. Mad Mamba trouxe suas sólidas influências do rock clássico ao tocar Guns N Roses e ‘Give In To Me’ de Michael Jackson com Slash. Destaques para o vocal muito bem trabalhado por Karymi e sincronização das guitarras de Paul Vellozo e André Alba e para a faixa autoral ‘Human Being’.
A última banda do show foi a anfitriã Stiger. A banda, lançando seu single ‘Fuck Off’ – no qual destaco o baixo muito bem encaixado por Vitão Bencomo e solo de guitarra trazendo certa atmosfera dos anos 80, 90, além de fechar o fest de forma incrível. A banda se aventurou super bem ao explorar os vocais de Angelo Luigi em músicas difíceis como ‘TNT’ do AC/DC e ‘Painkiller’ do Judas Priest.
Agora, algo que deixo para observar no final é a união entre as bandas locais por uma cena em Santos. A cena underground santista pelo que pude ver por este fest é sempre muito incrível. O público interagia a cada solo, a cada fala, a cada gesto das bandas no palco, fosse batendo cabeça ou enfiado nos moshs. Além da receptividade, tanto das bandas, quanto da plateia para com as de fora da baixada santista como o Voiden e a Espera XIII.
O que dá para se concluir depois dessas nove apresentações insanas e deste público ainda mais insano de Santos é que a esperança do metal, seja em questões de continuidade, ou de apoio e união, já é uma preocupação precoce das bandas que vem trazendo seu “metal de responsa”. Enfim, meus sinceros parabéns aos organizadores, ao público engajado e às bandas fora de série desse fest!
Fotos do fest, confira:
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Postado por Caterine Souza
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