quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Emperor of Myself: A Poesia do lado obscuro da Grécia



País: Grécia

Entrevista por: Caterine Souza


Dimitris Polizos - Vocalista/ Guitarrista/ Baixista 

Alex Polizos - Baterista/ Vocalista

Nick Georgiou - Guitarrista/ Vocalista

Genero: Atmospheric Black/ Gothic Metal 





Caterine 1: Oi, Emperor of Myself! Em primeiro lugar, gostaria de agradecer muito à vocês por fazer esta entrevista com a gente do blog Oroborus. Algo que normalmente carrega a identidade de uma banda é o seu nome. Qual é a história por trás do nome Emperor of Myself? Por acaso teria algo a ver com a famosa banda norueguesa Emperor?

Dimitris: O nome eu vi em um status de meu amigo na Internet sobre o seu trabalho. Não tem nada a ver com a Emperor. A música dos noruegueses é de um estilo de música diferente da Emperor of Myself. Uma vez que pesquisei na Internet e não encontrei nada com um nome assim, eu dei luz à minha banda.

Caterine 2: A Emperor of Myself começou como uma one-man band em 2006 com Dimitris Polizos, certo? Quando você descobriu a necessidade de incluir membros para a banda e como foi à escolha foi feita?

Dimitris: A música que eu comecei a gravar era exclusivamente minha e só fui compartilhar com os amigos de 2006 a 2012. Eu sempre quis compartilhar minhas ideias com o resto do mundo, então decidi encontrar alguns membros para a banda para que criássemos todos juntos. Para que colocássemos mais ideias para as músicas, meu irmão Alex Polizos se junto à banda como baterista.

Caterine 3: Cada banda é como uma família para os membros. Já a Emperor of Myself, como a banda de death metal brasileira Krisiun, vocês são uma banda de irmãos também! Como é para tocar com seus "irmãos de sangue"?

Dimitris: É surpreendente para nós trabalharmos juntos fazendo música. Ele (Alex) é meu irmão e sempre teremos discussões durante as sessões de gravação, mas no final, vamos ficar juntos e nos unirmos não só na música, porque no dia seguinte estará na bateria novamente para terminar o que começamos. Eu não sei se eu posso fazer o mesmo com alguma outra pessoa, por isso estou muito feliz de tê-lo na minha banda e ele adora a Emperor Of Myself. O segredo para nos mantermos assim é porque nós amamos o que fazemos.

Caterine 4: Uma coisa que eu sempre me pergunto sobre grandes bandas é quem lhes inspirou a tocar um instrumento? Que influências musicais cada um de vocês trouxe e ainda trazer ao Emperor of Myself?

Dimitris: Eu amo a morte, a desgraça. Bandas de gothic metal como Paradise Lost, Rotting Christ e o velho Pyogenesis são as minhas principais influências que me fez a tocar guitarra. Eu não posso dizer que a Emperor of Myself soa como essas bandas porque eu acho que temos um som de nosso próprio estilo de música.



Caterine 5: Metallum nos informa que sua temática é simplesmente: a vida. Por que vocês escolheram este complexo, mas de alguma forma simples, para escrever canções para a Emperor of Myself? É um desafio escrever músicas em um idioma que não é o seu idioma materno?

Dimitris: Muitas bandas têm tema lírico sobre políticas sociais sobre outras bandas anticristãs, guerra, etc. Para ser honesto, eu não sei sobre política Eu não sei sobre gore, blasfêmias e coisas assim. Nossas letras são sobre coisas que tememos na vida, as coisas que queremos mudar e por algumas razões permanecem o mesmo. A dor das relações humanas, o desespero das lutas internas que enfrentamos todos os dias em nossas vidas e, claro, algumas experiências pessoais. Para escrever letras em grego, não acho que faria qualquer diferença. Acho que ninguém prestaria atenção a uma música que não entende o que se diz. Rotting Christ faz isso, mas eles estão Rotting Christ!

Caterine 6: Vocês são de Atenas, Grécia, certo? Nunca fomos para a Grécia, mas pensamos que é e sempre será um lugar incrível para viajar. Mas, o que vocês da Emperor of Myself  nos diriam sobre a cena do metal underground lá?

Dimitris: Aqui nós temos muitas bandas e eles são muito bons e de qualidade. Infelizmente, aqui não há colaboração. Um não apoia a banda do outro e eu não sei por que muitas bandas de fora da Grécia nos ajudam e aqui completamente nada. Estou muito triste com esta situação, mas estou lidando com isso e assim nós continuamos.

Caterine 7: Como é misturar esses tipos de subgêneros do metal, tal como death, atmospheric black e gothic metal? Como você descreveria a música da Emperor of Myself para as pessoas?

Dimitris: Acho que somos uma mistura de melodic death com uma banda de metal gótica com influência black metal. Isto é o que sai quando escrevemos as músicas. No futuro não sabemos como vamos soar, mas vamos tentar continuar sombrios.

Caterine 8: Os primeiros full-length lançados são ‘Question Your Existence’, em 2013 e ‘All Ends in Tears’, em 2014, então eles tem um ano de intervalo um do outro. Como foi realizar todo o processo de compor estas duas obras-primas?

Dimitris: Quando lançamos ‘Question Your Existence’, após 2 meses Nick Georgiou se juntou à banda como guitarrista. Eu tinha algumas ideias e nós trabalhamos todos juntos para outro álbum. Gosto deste processo de fazer coisas novas. Assim que lançamos um álbum, começamos a trabalhar em outro sem pressão ou limite de tempo para terminar, assim estamos livres para fazer o que quisermos.



Caterine 9: Como dissemos antes, os dois primeiros álbuns tem um ano de diferença, isso já é algo incrível! Então, como é que vocês conseguem compor, gravar e lançar ‘Built in Distrust’ e ‘Destined to Fail’, ambas obras impressionantes, neste ano de 2015, ano que nem sequer terminou ?!

Dimitris: ‘Built in Distrust’ era como um álbum experimenta. Fizemos algumas coisas novas, demos uma volta em nosso som.  Somamos vocais mais limpos com alguns riffs de punk, porque o Alex compôs a música para esse álbum também. Muitas pessoas adoraram e muitos odiaram. Eu li em algum lugar que ‘Question Your Existence’ foi melhor por causa dessa volta que demos. Eu não posso entrar na mente todo mundo para satisfazê-los com um álbum, mas ao mesmo tempo eu também não quero as mesmas coisas álbum atrás de álbum. 
Quando terminamos ‘Built in Distrust’, tínhamos 30 faixas, de modo que não era tão difícil começar a trabalhar assim que surgiu ‘Destined to Fail’. Este é o álbum que eu sempre quis gravar, para mim, é o melhor da Emperor of Myself até agora nós já registrado. Duas músicas que foram gravadas em 2006 e 2011, decidimos liberá-las agora e estou satisfeito com o resultado. Eu acho que 2015 é um ano cheio para nós com estes 2 releases.

Caterine 10: Emperor of Myself tem nove anos e já tem muita coisa lançada. Como a evolução da banda desde o início pode ser descrita?

Dimitris: Estou trabalhando muito duro para a EOM como você pode ver a partir da produção de cada lançamento e da composição das músicas. Nos EPs, o som era horrível porque não tivemos nenhuma experiência antes , além de que também não sabíamos como fazer as coisas funcionarem. Após dois anos, acho que soamos profissionais nas gravações. E este é o resultado de um trabalho duro.

Caterine 11: Como se deu a aliança entre a Emperor of Myself  com a Goetic Records, gravadora cuja maioria dos lançamentos são de bandas de black metal, uma vez que eles estão no Canadá. Como a música da EOM chegou até eles?

Dimitris: Eu estava procurando por um selo aqui na Grécia, mas todas as respostas foram uma espécie de “Nós não lançaremos nada porque estamos fechados para novas bandas. Não lançaremos esse tipo de música, não faremos isso, nós não faremos aquilo, etc.” e merdas assim. O que eu quero dizer é que aqui, os selos trabalham com amigos. Você só vai assinar algo, se você tiver um amigo que tenha um selo ou uma gravadora. E não sei porque eles estão fazendo isso.  Foi aí que encontrei a Goetic Records. Tivemos uma conversa com Kosta Bayss, o proprietário da GR, que ouviu a nossa música e disse “OK, vamos fazer isso!”. Desde lá e até agora, a Goetic Records é como uma casa para a Emperor of Myself e estamos muito satisfeitos com o trabalho dessa gravadora.

Caterine 12: Quais são os planos para o final de 2015? E sobre o futuro da Emperor of Myself? O que vocês têm em mente? 

Dimitris: Depois de dois álbuns em 2015, acho que estamos fechando este ano muito felizes. Até agora, temos tempo para pensar qual será o próximo passo para a EOM. Nós voltaremos a trabalhar em 2016 para um álbum de aniversário de 10 anos da EOM. O que tenho em mente é fazer boa música, acho que é a chave do sucesso para a banda.

Caterine 13: E para terminar a nossa conversa, eu gostaria de agradecer mais uma vez por esta entrevista com o blog Oroborus e desejo tudo de bom para vocês da Emperor of Myself! Este espaço final é para vocês!

Dimitris: Eu queria agradecer imensamente a vocês por esta entrevista e pedir que deem uma chance para o ‘Destined To Fail’, certamente irão gostar! Muito obrigado!



Postado por: Renan Martins

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