quarta-feira, 7 de outubro de 2015

True: A máquina do Apocalipse



Uma excelente banda que consegue juntar o Death Metal com o Thrash Metal e criar uma sonoridade pesada, obscura e totalmente destruidora.
Sempre é bom lembrar que essa entrevista foi feita para o blog G.Grind e ela será publicada também aqui no Oroborus pelo fato de que todo o material publicado pela página será também traduzido para o inglês, então, para dar essa oportunidade para um bom material, aqui está a entrevista da banda True para o blog G.Grind.

Entrevista por: Caterine Souza

True:

Vocalista/Guitarrista: Marcelo Mattos
Baixista: Felipe Gusinski
Guitarrista: Marcos Araujo 
Baterista: Anderson Soares 

                                                            Gênero: Death Thrash Metal


Caterine 1: True é uma banda curitibana que desde 2006 vem acrescentando ao metal brasileiro seu thrash/ death metal de qualidade. Que tal começarmos contando um pouco da trajetória de vocês no True até hoje?

Marcelo: A banda começou em 2006 e buscávamos dar continuidade ao que já fazíamos em outras bandas, mas de forma mais profissional e correta, com isso fomos recebendo o espeço que queríamos. Desde o inicio nunca focamos em tocar apenas na nossa cidade, sempre buscamos outros publicos e isso a gente mantém até hoje.
Nesse trajeto tivemos a oportunidade de participar de grandes eventos, tocar com ícones do metal nacional e mundial, conseguimos um contrato com a gravadora Oversonic Music, para lança nosso primeiro CD aqui no Brasil, também lançamos material na Nova Zelândia pelo selo Satanica Prods e no Egito pelo selo Seth Productions.
Hoje estamos em processo de produção do nosso segundo CD e breve soltaremos um single desse material.

Caterine 2: Cada músico individualmente tem suas bandas e álbuns preferidos durante a vida. Como foi encaixar numa banda só as influências musicais de todos vocês?

Marcelo: Acreditamos que toda experiência e influências, dentro do contexto, que adquirimos durante nossa vida é o que torna o processo de composição criativo e democrático. Toda nova proposta e analisada e discutida para agregar novos valores, respeitando a identidade musical já criada, mas buscando sempre um diferencial. Nossa meta é sempre um som inovador e com qualidade, não apenas o mesmo do mesmo.

Caterine 3: O thrash e death metal, como subgêneros distintos do metal, formam uma dupla interessante. Essas vertentes requisitam maestria para mesclá-las, algo que ocorre perfeitamente no trabalho de vocês. Como essa mistura se manifesta enquanto identidade da banda?

Marcelo: Isso é um fruto das nossas próprias necessidades e anseios, como ouvintes de Metal. Alguns integrantes curtem mais Thrash, outros mais Death ou Black, sendo assim, como a proposta é agregar todos esses valores para a criação de algo relativamente novo (relativamente no sentido que ninguém vai reinventar a roda, mas o Metal é um gênero que comporta bem influências de vários outros gêneros criando um universo de possibilidades), naturalmente nossa identidade surge nos processos de pré-produção.

Caterine 4: Quanto à construção da temática do True, a aura de caos que nos passam com o instrumental também ocorre nas letras?

Marcelo: Sim, principalmente no Riders of Doom. Escrevemos todas as letras mesmo sem um título definido, quando fomos juntando tudo e vimos o que tínhamos, não tinha como ser diferente, aquele material precisava dessa cadência e peso.

Caterine 5: Contem-nos um pouco sobre o processo de criação do full-length, ‘Riders Of Doom’, lançado em 2012.

Marcelo: Quando falamos disso poucas pessoas acreditam, mas as únicas coisas que tinhamos em mão no momento da assinatura do contrato era 1 música e algumas letras. Uma semana antes de gravar, nos reunimos no estúdio por 9 horas e criamos as bases das músicas, as letras a gente só escolheu no estúdio durante as gravações. Pode parecer estranhos, mas naquela época o nosso processo de criação era esse e sempre funcionou.
O disco foi gravado em São José dos Campos/SP, em Janeiro de 2012. Fizemos, eu e o Anderson, todas as captações em 5 dias. Eu (Marcelo) gravei os vocais, as guitarras e os baixos, o Anderson gravou as baterias e os 2 solos de guitarra do CD.

Caterine 6: Os fãs de metal, apesar de inúmeros, pouco confiam e apoiam uma banda em ascensão assim que a conhecem. Vocês tiveram dificuldades para trazer o som do True à cena local de Curitiba e região?

Marcelo: Sim, acredito que toda banda tem esse problema, mas desde o inicio nunca nos prendemos a cena local, sempre buscamos outro publico, outras opiniões que nos ajudassem nessa ascenção. É dificil participar de uma cena onde quase todos possuem sua banda e suas panelas.

Caterine 7: Vocês tiveram oportunidades de tocar em fests na região sul, como o Zoombie Ritual em SC e de abrir para bandas como a americana Testament. Como são essas experiências para a banda, essa questão de mostrar o trabalho de vocês ao lado de bandas já aclamadas?

Marcelo: Na verdade o show do Testament não rolou, naquele ano teve uma epidemia de H1N1 e os caras cancelaram a tour toda, mas nosso nome tá lá no flyer do evento!rs. Tocamos nos maiores eventos de SC, adoramos tocar lá, a receptividade é muito boa, dedicamos o ano de 2013 só para realizar shows nessa região e já estamos agendando outras datas ainda para esse ano.
Tocar com bandas conhecidas e poder se apresentar em grandes eventos é uma experiência foda, pesa no lado pessoal, onde vc é fã de determinadas bandas, ter acesso as bandas e também pesa no profissional, que é muito gratificante poder falar que tocamos no mesmo evento que eles, saber que nosso trabalho proporcionou isso é muito bom.

Caterine 8: Ainda sobre essa questão de reconhecimento, vocês tiveram o EP ‘Welcome To Chaos’ por selos neozelandês e egípcio, também cederam entrevistas à site britânico e tiveram oportunidade de tocar no gigantesco W:O:A Metal Battle. Poderíamos então dizer que tem um potencial público internacional?

Marcelo: No WOA Metal Battle fomos finalistas aqui em Curitiba e por pouco não participamos da final nacional, tivemos uma ótima repercussão, conseguimos vários shows decorrentes dessa exposição. E isso ajudou para conseguir fazer esses lançamentos e entrevistas na gringa. 
A receptividade do nosso som lá fora é muito boa, muita gente curte nosso trabalho, uma pena que ainda não conseguimos concretizar a tão esperada tour gringa, mas uma hora chega!




Caterine 9: O clipe oficial para a faixa ‘Forget In Hatred’, lançado em Junho de 2013, ficou incrível, nos contem um pouco de como foi gravá-lo.

Marcelo: O clipe foi planejado por um bom tempo, a produção e tudo que envolve deixamos a cargo do Felipe. A gravação foi de forma independente, como quase tudo na nossa cena, tivemos a ajuda de grandes amigos para conseguir finalizar o processo todo, desde a locação, cenário, equipo, captação.. tudo.
O resultado final ficou muito bom e esperamos gravar mais de um clipe para o próximo trabalho.

Caterine 10: Procurando informações sobre o True na Internet, encontramos a matéria na revista porto alegrense, ‘Revista da Cerveja’, sobre a cerveja sob o nome da banda que estavam produzindo em meados de 2012. Produzir música sob a identidade forte do True não bastou, uma bebida forte também tinha de ser produzida (risos). Como foi esse projeto inusitado de vocês?

Marcelo: A ideia da cerveja meio que explodiu ao mesmo tempo para diversas bandas, a função básica dela é arrecadar fundos para custear a banda, ao menos no nosso caso. Mas não poderíamos lançar qualquer material, prezamos pela qualidade e por isso convidamos nosso amigo de longa data, Rafael David, que é um grande cervejeiro aqui de Curitiba e região para desenvolver a nossa receita. Ele aprovou a ideia e a gente a cerveja. 
A procura pela TRUE Black Ipa é bem grande, mas só comercializamos em nossos shows ou aqui em Curitiba.

Caterine 11: Pelo que se acompanha no canal do True no Youtube, vocês estão em processo de pré-produção. Há expectativas para um novo material da banda já estar disponível para apreciação dos metaleiros em pouco tempo, então?

Marcelo: Iniciamos o processo de pré-produção em Janeiro desse ano, após um período de discussões e analise para estabelecermos nossas metas. Com a saída do baterista Anderson Soares, sentimos a necessidade de repensar como soaria nosso novo álbum. Isso devido ao fato dele, junto ao Marcelo Mattos, serem os criadores e do Riders of Doom. Surgiu então a oportunidade de todos atuarem na criação do novo álbum, pois Eu e o Felipe entramos na TRUE após a finalização do Riders e além de instrumentistas todos são compositores também. Esse evento gerou uma avalanche de novas ideias e percebemos que precisávamos registrar e gravar esse trabalho o quanto antes. Estamos trabalhando muito nas novas músicas e pretendemos entrar em estúdio já no inicio do segundo semestre.

Caterine 12: Se o passado da banda está marcado por grandes eventos dos quais fizeram parte, o futuro certamente estará. Como vai a agenda de shows do True para 2015?

Marcelo: Bom, 2015 começou com a preparação do nosso 2º álbum, por hora estamos envolvidos com todo esse processo (composição, gravação, arte e distribuição) e vem nos tomando muito tempo. Pretendemos finalizar esse processo ainda no 1º semestre desse ano, em paralelo já venho negociando algumas datas para essa nova turnê, que deve começar por SC no 2º Semestre.

Caterine 13: E para finalizar, gostaríamos de agradecer a disposição de vocês para conversar conosco sobre o trabalho incrível que tem feito como banda e deixar os comentários finais como espaço livre pra vocês, certo?

Marcelo: Gostaríamos de agradecer a todos que respeitam a cena! Isso que mantém a parada de pé ainda. A vocês pelo espaço e pela oportunidade de divulgar ainda mais o nosso trabalho e aos nossos amigos e nosso publico!



Postado por: Renan Martins

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