quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Espera XIII: Uma esquadra no imponente oceano do underground

 

Espera XIII

Renan Brito / Ereon (vocal e guitarra)
Edu Ayres (baixo)
Pietro Bernal (guitarra)
Fernando Ribeiro (bateria)

Gênero: melodic black/death metal

 
Uma nova entrevista feita pelo G.Grind com a magnífica Espera XIII. Uma ótima banda que sempre apresenta um trabalho muito bem feito. Confira logo abaixo!

Caterine 1: Olá, Espera XIII! Primeiramente, gostaria de agradecer em nome do G.Grind, a oportunidade de entrevistá-los. Pelo que pesquisamos, Espera XIII é um acrônimo para Extra Sensory Perception Era XIII. Por que da escolha deste nome? E quanto ao XIII?

Ereon: Obrigado pela atenção e interesse com nossas bandas locais, isso fortalece a cena e incentiva os músicos. Parabéns a todos por essa consciência! No início não existia esse acrônimo, depois de 3 anos com o projeto já batizado de ESPERA XIII que eu o descobri e adotei. Antes disso, o nome foi retirado de uma das embarcações da frota de P. A. Cabral que se chamava Espera. E XIII, pois eram treze embarcações na esquadra. Extra Sensory Perception foi adotado depois por ter total sintonia com nossos ideais.


Caterine 2:  A temática dentro de uma banda é extremamente importante. Quais os pilares que sustentam o enredo da ESPXIII? Certamente, o logo é intimamente ligado com o contexto, certo? Como foi criá-lo e, eventualmente, melhorá-lo?

Ereon: Uma embarcação que se afasta de sua frota e navega para outra dimensão em busca dos mistérios ocultos do universo. A ficção gira em torno deste pilar, basicamente. Exatamente, o logo é uma caravela que havia desenhado e depois foi aperfeiçoada por Christophe Szpajdel. O símbolo de nossa barca.

Caterine 3: A banda até agora tem todos os seus trabalhos idealizados e produzidos por Renan Brito, ou seja, tudo começou como uma one-man band. Como foi a decisão de escolher e anexar os tripulantes certos a este navio?

Ereon: Foi um processo lento e cauteloso. Não digo que nosso som seja tão complexo e tão difícil de tocar, mas sim, exige músicos de nível elevado. Desde o início o Edu Ayres assumiu o posto de baixista e também braço direito. A missão era encontrar um baterista e um guitarrista. Em 2012 fizemos o primeiro recrutamento onde fizemos algumas jams com nossos amigos Rafael Leme e Paulo Cypriano, porém descontinuamos. Em 2014 achamos nossa formação atual e com algumas mudanças e ajustes nós a consolidamos em um quarteto. Tenho muita gratidão a todos desde o início, especialmente com Rubstein e Gabriel por terem uma experiência conosco nessa última formação.

Caterine 4: Ainda que não tenham composto nenhum trabalho juntos até agora, como as influências musicais de cada um no grupo colaboram enquanto Espera XIII?

Ereon: Ao vivo. Cada um põe seu gosto musical na interpretação ao vivo e acho isso bem legal. Deixar livre para eles moldarem a execução como preferirem. E em um futuro próximo teremos composições em conjunto!


Caterine 5: ‘Demo Escàndalo’, lançado via independente em 2011, foi o primeiríssimo trabalho. Como foi compor, gravar e etc?
Ereon: Foi maravilhoso produzir essa demo. Era um projeto novo saindo do papel, eu tinha uma energia gigante pra fazer tudo! Compor ela foi como uma libertação, pois eu senti a vibe de ter um projeto solo, ter a total liberdade de fazer tudo do jeito que eu quisesse. Gravar foi extremamente trabalhoso, pedi pro Niko Teixeira, de Taubaté, gravar a bateria e o resto dos instrumentos e voz gravei com o Jeff Hita (Spreading Hate). Depois eu “mixei” bem porcamente e lancei na internet.

Caterine 6: ‘Thy Great Expedition’ fora uma obra que inicialmente encarei como um álbum, até que numa entrevista percebi que o tratavam como uma segunda demo. Sendo um trabalho tão incrível, por que decidiram manter como demo?

Ereon: Ok, fica entre nós, eu chamava de álbum também. Mas pela péssima qualidade de produção, gravação e mixagem eu alterei a denominação para “segunda demo”

Caterine 7: Agora, pergunta à todos os integrantes individualmente, como foi tocar com a Espera XIII pela primeira vez lá em Junho /2014? E como é tocar hoje?

Edu: Tive a oportunidade de participar desde os primeiros ensaios, e o sentimento de dar vida a um projeto no qual eu já era fan foi fantástico. Nos shows atuais, o sentimento só tem evoluído, pois estão cada vez mais sinérgicos e profissionais.

Fernando: Muito melhor, a gente vai ganhando mais espaço, tocando em lugares bons e deixando de lado oportunidades ruins, acho que o show de lançamento do ‘UAL’ foi um marco que subiu muito o nível das nossas apresentações.

Pietro: Ao entrar na banda tive que aprender um repertório consideravelmente grande tendo em vista que na época a banda estava com uma serie de shows agendados. Foi tudo muito corrido. Hoje me sinto mais seguro e familiarizado com as músicas e com os caras.

Caterine 8: Já sobre ‘Unexpected Austral Lights’ , lançado em Março/2015, o mais “inesperado” para mim é ver o quanto ele solidificou o som identidade da banda, unido complexidade conceitual extrema do álbum. Como foi criar tal projeto?

Ereon: Foi à obra mais difícil e intensa da minha vida até o momento, é até tenso lembrar, pois tiveram momentos de muita angustia. Mas foi criado com muita paixão. Iniciei em 2012 as composições desse play, em 2013 gravei tudo, em 2014 mandei para mixagem e só em 2015 saiu o formato físico. Foi uma grande e inesquecível expedição, sem dúvidas.

   
Caterine 9: Vocês realizaram um show para o lançamento do ‘UAL’, em Maio no Espaço Som, São Paulo. Como descrever a sensação de tocá-lo na íntegra ao vivo? E como sentiram que o álbum ali exposto foi recebido pelo público?

Ereon: Missão cumprida! Fazer um show com todas as músicas foi um projeto complexo a parte. Grande mérito aos músicos da ESP, pelo grande trabalho que realizaram para executar o play inteiro naquela noite. Algumas músicas não foram criadas para tocar ao vivo, é o caso da ‘The Giant’. Não iremos tocá-la ao vivo novamente. Não tão cedo. O público curtiu, apesar de que estávamos um pouco nervosos com a coisa toda, todos curtiram e elogiaram a apresentação.

Caterine 10: Resenhas e recomendações feitas por sites, zines e vlogs grandes como Metal Media, Whiplash, Roadie Crew e Dewwytto (Planno D, no YT) tem composto o rol de reviews da Espera XIII. Como este feedback é encarado?

Ereon: Positivamente. Tenho consciência de que são pessoas lutando pela cena nacional, dando apoio moral e incentivando os músicos a continuarem em suas missões. Todo feedback que temos sobre nosso trabalho é valorizado quando há respeito.

Caterine 11: Quais são os planos e como está a agenda para a reta final de 2015?

Ereon: Sei que ainda há muito para se trabalhar na promoção de nosso álbum. Ainda estamos devendo um clip e uma Austral Lights Tour. Temos datas que ainda não foram fechadas, em breve anunciaremos em nossa página!

Caterine 12: Uma frase definindo o que almejam do futuro da Espera XIII?

Ereon: Compor músicas cada vez melhores e espalhar o interesse nos assuntos ocultos e esotéricos da humanidade.

Caterine 13: Para fecharmos a entrevista, gostaria novamente de agradecê-los pelo tempo e consideração de vocês em falarem conosco do G.Grind. Desejo-lhes sucesso infinito para os próximos milhares de léguas marítimas que a ESPXIII tem pela frente e deixo este espaço final livre com vocês.

Ereon: Obrigado pela atenção e mais uma vez ao blog G.Grind. Desejamos sucesso infinito para vocês igualmente. Sejam bem vindos à nossa Aliança os que se interessarem em conhecer mais nosso trabalho! É só acessar um dos links a seguir. E para adquirir nosso merch é só entrar em contato em nossa página:


 facebook.com/ESPERAXIII




Postado por Caterine Souza

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