quarta-feira, 30 de março de 2016

HellArise: inferno e Hel imersos em som agressivo e variado





Localização: São Paulo


Flávia Morniëtári (vocal)

Mirella Max (guitarra, backing vocals)

Kito Vallim (baixo)

Daniel Curvello (guitarra)



Gênero: death/thrash



A banda na seção de entrevistas dessa semana é a incrível HellArise, banda que conheci por meio de um simpático cartão entregue pela própria vocalista num show da Espera XIII. Confira a seguir!

I.        Olá, HellArise! Muito obrigada em nome do blog Oroborus pela oportunidade de entrevistá-los.  Primeiramente, uma pergunta clássica: de onde veio o nome da banda?

Flávia Morniëtári (vocal): O nome da banda tem duplo sentido: o primeiro é que todo sempre associam metal com coisa do mal e inferno, então tem o bom e velho “hell” em inglês, o outro é que “Hel-hela” é a deusa do submundo na mitologia nórdica. Daí saiu o nome.




 
II.                Como se deu a formação da HellArise? E quais as bandas que cada um de vocês de vocês carrega como inspiração e acaba influência para a HellArise?

Mirella Max (guitarra): Bom, a formação se deu através daquela dança das cadeiras já bem conhecia no meio metal. Afinal, não é nada fácil ter banda com formação estável nesse país. Mas no final das contas deu tudo certo, e estamos sem mudanças desde 2014.


                           Da esquerda para a direita: Daniel Curvello, Mirella Max, Flávia Morniëtári e Kito Vallim



III.             O tema das letras da HellArise, segundo o Metallum, permeia problemas sociais, vida quotidiana e injustiça. Por que escolheram estes para ser o tema das músicas da banda?
Flávia: Pensamos em unicórnios e moitas, mas acho que não combinaria com o som. (risos)

Mirella: Falando sério agora, acho que é um processo natural. Ainda mais na condição atual da humanidade, tentar expressar um pouco da nossa revolta através da nossa música. Sem falar que realmente combina mais com o estilo mais agressivo do som que fazemos.



IV.             O primeiro trabalho da banda foi a demo ‘Human Disgrace’, lançada em 2010. Como foram os processos de composição e gravação dela?

Mirella: Na época, como ainda estávamos experimentando, não houve muito um processo de composição definido. Simplesmente nos juntamos pra fazer música e o que saiu decidimos gravar. Pra isso recrutamos um amigo, Eduardo Murai, que na época estava começando a produzir bandas em seu homestudio.
 



V.                O EP ‘Functional Disorder’, lançado em 2013, do qual veio a faixa “More Mindless Violence” e o videoclipe, lançado em 2014. Como foi compor e gravar este EP? E o clipe, como foi idealizá-lo?

Mirella: O EP é composto por 5 faixas escritas pela Flávia e eu numa fase de transição de formação da banda. Quando a formação se estabilizou em 2013 e as músicas começaram a mudar um pouco de estilo por causa dos membros novos, resolvemos lançar esse material mais antigo em um EP pra simbolizar o fechamento desse ciclo. Pra isso chamamos a galera do Estúdio Pedrada pra nos ajudarmos com a produção dessa vez.

Flávia: Agora, sobre o clipe, como a música trata de violência, a idéia inicial era filmar num campo de paintball, mas graças a nossa diretora-cameragirl-fazedoradosparanaues conseguimos contato com uma equipe de airsoft e assim gravamos o nosso clipe.


        O EP 'Functional Disorder' se mostra incrível tanto em sonoridade, quanto nesta arte de capa linda por  Vivian Mota


VI.             Em 2015, surge o single “Darkened Flames”. Como foi gravá-lo?

Flávia: Foi uma experiência diferente, pois foi a primeira música que gravamos com a formação nova. E também foi a primeira vez que fizemos tudo, desde a composição, até a fase final de mix e master, no home studio da Mirella (UpTracks Studio).

Mirella: Realmente é bem diferente quando se está 100% envolvido na fase de produção (gravação, mix e master). Você acaba tomando decisões diferentes no meio do processo, sem falar na flexibilidade de mudar coisas com maior facilidade.




VII.          Como descreveriam a evolução da sonoridade da HellArise desde a demo até hoje?

Mirella: Acho que deu uma “pequena” mudada. Mas foi uma evolução natural por causa da troca de integrantes, e mesmo por causa do nosso amadurecimento como musicistas. Acho que a principal diferença é que hoje a gente consegue colocar as nossas ideias em prática com muito mais precisão do que antes.




VIII.       No momento de composição, vocês se juntam e produzem ali, trocando ideias ou cada um na sua e depois acontece alguma integração e tal?

Mirella: Depende. Cada música surge de uma forma: às vezes uma idéia, às vezes um riff, às vezes e outra música, ou até mesmo daquela melodiazinha irritante que você não consegue tirar da cabeça. E isso pode ser em conjunto ou não.
 



IX.             Agora sobre o underground: tendo a HellArise participado de alguns fests nacionais, o que pensam da cena underground no Brasil? E, além da HellArise, quais bandas underground vocês indicariam a um fã de metal sem nem pestanejar?

Flávia: A cena underground aqui é uma coisa muito complicada e não tem como generalizar. A discussão ficaria muito longa por aqui. (risos)

Mirella: Existem bandas demais pra citar sem injusta, mas vamos lá: (risos) Ancesttral, Woslom, Aneurose, Dynahead, Arandu Arakuaa, Espera XIII, Indiscipline, Hatematter, Semblant, Furia Inc., isso só pra começar a lista.




X.                A presença de mulheres muito talentosas no mundo do metal tem crescido cada vez mais o que é realmente maravilhoso e enriquecedor para o meio. Ser mulher no metal ainda é motivo de preconceito do público para com uma banda?

Mirella: Não. Pelo menos para nós (eu e a Flávia), que sempre estivemos focadas na música, independentemente se é um ornitorrinco tocando no palco. (risos)
 



XI.             Até hoje vocês cantam somente em inglês, correto? Vocês pensam em lançar algo em português?

Flávia: A gente se sente bem confortável com o inglês – ainda mais eu que trabalhei com a língua por muito tempo. Eu não sei se o português combina muito com o meu estilo de escrever e a proposta.
 

XII.          Como está a agenda de shows da HellArise para 2016? E quanto À um futuro próximo?

Mirella: No momento estamos com alguns projetos em andamento, mas ainda sem datas definidas pra esse ano.
Flávia: Sobre projetos futuros, vocês saberão quando for a hora. *musiquinha de mistério*



                    O mais recente trabalho da banda é o Single 'Shaded Land', lançado em 2015.




XIII.       Para terminar nossa conversa, gostaria de agradecê-los novamente pelo tempo e disposição de vocês em nos responder. Desejamos sucesso a cada um de vocês e à HellArise. O espaço final é de vocês!

Flávia: Agradecemos pelo espaço e oportunidade. Quem quiser saber mais sobre a banda, acesse o site www.hellarise.com, ou nos procure pelas redes sociais.
Mirella: Lembrando também que o nosso mais recente trabalho, o single Shaded Land, está disponível para download gratuito por tempo limitado, então corram lá no site! Obrigado a todos, sucesso ao blog e até mais!






Postado por Caterine Souza

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