quarta-feira, 23 de março de 2016

Deathronic: destruidor no symphonic death francês
















Entrevista feita por Renan Martins
Traduzida do Inglês por Caterine Souza


Localização: Paris, França


Amine Andalous (todos os instrumentos e vocal)


Gênero: Symphonic/Melodic Death Metal



I. É um prazer gigantesco falar com a Deathronic, mais precisamente Amine Andalous. Muito obrigado por ceder uma parte do seu tempo para o Oroborus. Eu, Renan Martins, sou um fã do seu trabalho. É algo realmente incrível!

Fico muito agradecido, Renan, por seu interesse.
Eu compus algumas faixas há alguns anos, e queria lançar essas músicas em um álbum. Queria que através desse projeto, ter experiência com o Symphonic Black Death Metal, combinando várias influências, como a música eletrônica, oriental...

Em geral, eu tento dar a cada composição sua identidade própria. A faixa Bloody Lust, por exemplo, tem uma influência de heavy metal, enquanto Kalila Wa Dimna é mais sinfônica. Também experimentei apostar em vocais limpos em Anno 1423, que pode ser considerada mais gótico ou doom.  Queria realmente experimentar meu ponto de vista de mente aberta no momento de compor, sem focar em qualquer gênero específico... E sendo uma banda de um homem só, me permiti fazer isso...






II. Quais são as principais influências da Deathronic para conseguir criar um som tão versátil e impactante?
Tenho muitas influências que acabam abrangendo os mais diversos gêneros do metal, de Old School Heavy Metal, ao Death Metal dos anos 90, passando pelo Black Metal moderno, etc. Com "Duality Chaos", eu queria expressar meu ponto de vista sem rótulos, onde seria permitido todos os estilos, sem me concentrar em uma tendência específica de um ou outro estilo. 





III.
O número de one man bands cresceu bastante nos últimos anos. Isso é mais pelo fato da tecnologia proporcionar praticamente tudo para o músico, facilitando sua vida,  fazendo com que o músico possa ter até um estúdio em sua casa. Você acredita que esse número aumentou devido à essa tecnologia na área da música ou pela dificuldade de lidar e encontrar outros músicos?


Sim e sim :) Na minha opinião, o maior exemplo desse tipo de projeto foi o magnífico "Diabolical Masquerade", criado por Anders Nyström (Katatonia). Essa obra-prima de One Man Band começou em cerca de 1995! Então, sim, desde aquela era, a tecnologia vem ajudando muito os músicos construírem seus projetos solos... porque por enquanto a construção de bandas é sempre "complexa" por causa das relações humanas, restrições da vida de cada um...


 Anime Andalous é o homem por trás dessa maravilha que é Deathronic


IV. Uma vez que se trata de uma one man band, como a crítica recebeu o trabalho da Deathronic?

Fiquei muito satisfeito com o feedback positivo que recebi, especialmente por este ser meu primeiro lançamento. Estou muito satisfeito! As músicas Kalila wa Dimna e Disharmonia foram nomeadas na categoria metal dos Independent Music Awards, em 2013 e em 2014. Fiquei realmente surpreso e satisfeito pelas indicações. 


V. Existe algum artista/banda especial pra você que o fez ter interesse em aprender a cantar e tocar instrumentos? Se sim, qual seria?

Como disse antes, o  Diabolical Masquerade foi uma verdadeira influência para mim.
Também fui influenciado por Chuck Schuldiner, um artista que influenciou várias gerações com seu projeto além do excepcional, Death.
O nome "Deathronic" é, antes de tudo, uma homenagem a Chuck Schuldiner.




VI. Como é a cena metal underground em seu país?

A cena underground francesa é realmente rica, cheia de bandas talentosas.
Especialmente perto de Paris, há uma cena muito dinâmica, com uma série de shows pequenos e festivais underground.
Posso recomendar algumas bandas talentosas do underground parisiense: meus amigos do
Corrosive Elements, Moonskin, Kortex, Skulldog…




VII. Como foi o processo de criação e gravação deste videoclip incrível para a faixa "Anno 1423"?Obrigado... Bem, em relação ao Anno 1423, musicalmente, eu tentei algo muito diferente em comparação com o black metal melódico ou Death Metal que senti estar presente nas outras faixas. Além disso, queria experimentar  vocais limpos em uma das minhas músicas.Em relação ao vídeo, a história que eu imaginava, é de um ambiente pós-apocalíptico, como resultado de guerras, massacres, violência e destruição da Terra... O que é algo muito próximo do conceito principal do álbum. Eu trabalhei com um amigo, "Milo Lee", um diretor muito talentoso, e alguns amigos que também nos ajudaram... a tornar as ideias para esse vídeo, algo real...





VIII. A arte de capa de "Duality Chaos" foi desenhada por Seth Siro, certo? Por que você escolheu Seth para este trabalho?

...Seth Siro Anton é um grande artista e ele está realmente apoiando projetos como o Deathronic.
Foi uma honra para mim ter a capa do meu álbum feita por ele. As artes todos foi ele quem criou, e essa, em especial, descreve muito bem o tema do álbum, além da atmosfera que eu queria transmitir.



 Deathronic' e arte de capa de "Duality Chaos" por Seth Siro


IX. Existem planos para gravar videoclipes para outras músicas do "Duality Chaos"?

Pode ser que venha a ser para a faixa Bloody Lust.





X.
Quais são seus planos para 2016?
Bem, estou concentrado em meu projeto paralelo "Heavyction" (banda de death metal industrial), mas também estou trabalhando no lançamento do próximo do Deathronic, o próximo álbum, um full-length. Várias músicas estão prontas, mas vou tomar o tempo necessário para lança-lo com calma. Na verdade, estou gravando o primeiro EP do Heavyction, e também estou preparando o primeiro videoclipe... Estamos planejando liberá-lo muito em breve! Então, muitos planos estão para sair do papel em breve!


XI.
Para terminar a entrevista, eu gostaria de agradecer mais uma vez pelo seu tempo e atenção e também agradecer-lhe porque entrevistar esta banda era um sonho meu. Meus melhores desejos de sucesso para você e deixo este espaço final para que diga o que você quiser.

Obrigado, Renan e obrigado ao Blog Oroborus Blog por apoiar os futuros projetos do Deathronic...



 


Postado por Caterine Souza

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