Arthanus é uma banda sensacional que conheci por conta do vídeo que fizeram para a música 'Asgard Palace'. O viking death metal que compõem é realmente incrível! Confiram a banda e a entrevista que fizemos com eles logo abaixo.
Localização: São Caetano do Sul, Brasil
Thiago Ferreira (vocal)
Saulo Peghin (guitarra, vocal)
Fellipe Magri (guitarra, vocal)
Atila Paloppi (baixo)
Gustavo Abreu (bateria)
Gênero: death / viking metal
I. Olá, Arthanus! Primeiramente, gostaria de agradecê-los pela oportunidade desta entrevista com vocês em nome do blog Oroborus. Arthanus é um nome forte, imponente. Como vocês decidiram que seria este o nome certo para a banda? E, uma dúvida pessoal, qual a pronúncia correta de Arthanus?
Nós é que agradecemos pela participação!
Então, quando fomos definir o nome da banda, queríamos um nome que remetesse a um nome nórdico. Nós tínhamos um personagem que era um guerreiro viking e o nomeamos Arthanus. Portanto, Arthanus é um nome próprio. É o nome do nosso personagem; e pronuncia-se “Artãnus”.
II. O logo de uma banda é, sem dúvidas, algo extremamente importante enquanto identidade do grupo. Como foi criar um logo tão interessante quanto este? Um logo que combinasse com a proposta death/viking da Arthanus?
Esse logo que usamos hoje foi o terceiro logo criado. Tivemos alguns amigos que nos ajudaram na criação e adaptação dele para torná-lo “adequado” à nossa proposta de som. Sabíamos que teria que ter algumas características quanto à temática e fomos adaptando. Esperamos que este definitivo realmente permaneça e nos dê a identidade desejada.
III. O death/viking metal ligado a temáticas líricas como mitologia nórdica, vikings e guerras se completa. Por que escolheram estes temas para a banda?
Escolhemos esta temática por se tratar de um assunto que gostamos demais e nunca tínhamos colocado em prática. Todos os integrantes já tinham tocado diversos estilos dentro do Metal com temáticas diversas em outras bandas, mas nunca nenhum deles tinha realmente tratado e definido esta temática como linha de som. Talvez este tenha sido o principal motivo.
IV. Quando uma banda se forma, cada um traz suas referências de som como ideias, etc. Quais são as principais influências musicais que cada integrante traz para a Arthanus?
Nem sempre as influências musicais se mostram claramente nas composições do Arthanus, mas para definir melhor, vamos separar por integrante as referências:
Thiago Ferreira: Bandas que comecei ouvindo e ouço até hoje: Cannibal Corpse, Nile, Slayer, Behemoth, Krisiun, Asesino, Sepultura, Deicide, Morbid Angel, Kreator, Exodus etc, etc, etc...
Saulo Peghin: Quando comecei, me inspirei em guitarristas como Malmsteen, Dave Murray, Andy LaRocque, Adrian Smith e Glenn Tipton. Aprendi a tocar seguindo esta linha mais técnica e melódica. Atualmente, mantenho minhas influências iniciais, mas fomos adicionando estilos que me influenciam até hoje. Tais bandas como Bathory, Burzum, Graveland, Iron Maiden, Nitberg, Kroda, Branikald entre outras. Nas bandas em que toco (Arthanus, Walsung e Evil), você verá um pouco de tudo isso.
Fellipe Magri: Quando comecei ouvindo som, algumas das bandas que mais me influenciaram foram: Iron Maiden, Helloween, King Diamond, Blind Guardian, Megadeth entre outras; logicamente, com o tempo, nosso gosto dentro do metal acaba variando e sempre para o lado mais extremo, portanto, para citar algumas bandas que me fizeram transcender os estilos, eu diria: Bathory, Burzum, Kroda, Drudkh, Thy Light, Dimmu Borgir, Gorgoroth e por aí vai.
Atila Paloppi: Comecei ouvindo metal nacional, Sepultura na época do Arise, para ser mais específico. A partir dali, comecei a ouvir sons cada vez mais extremos e, com o tempo, aprimorei meus ouvidos variando dentre os estilos do metal até chegar a algumas coisas de rock’n roll clássico. As principais influências são: Sepultura, Krisiun, Morbid Angel, Cannibal Corpse, Deicide, Sarcófago, Slayer, Possessed, Burzum, Bathory, Krisiun, Amon Amarth etc.
Gustavo Abreu: Influências: Bathory, Burzum, Mercyful Fate/King Diamond, primórdios do Sepultura, Death, Amon Amarth, Slayer, Krisiun, entre tantas outras. Sou influenciado por tudo que ouço porque, sendo fã de percussões, tenho muito a absorver desde a música clássica até o metal mais extremo.
Da esquerda para a direita: Fellipe Magri, Gustavo Abreu (atrás), Thiago Ferreira, Atila Paloppi (atrás) e Saulo Peghin
V. Agora um pouco sobre a história de formação da Arthanus que marca início em 2010. Vocês se juntaram e “Vamos fazer uma banda de tal e tal jeito...” e esse encontro rendeu a Arthanus que conhecemos hoje? Inclusive atualmente, segundo pesquisamos, Gustavo Abreu substitui Rogério Luque na bateria, certo? Como se deu essa parceria?
Tudo começou em 2008, quando os guitarristas, Saulo e Fellipe, que já se conheciam anteriormente à banda, decidiram se juntar para montar uma banda na sonoridade que é o Arthanus. Algumas composições foram feitas enquanto se arrumava outros integrantes para compor a formação. Logo o baterista Rogério se juntou e os ensaios em estúdio começaram. Eram três integrantes tocando as músicas que estão no EP Asgard Palace com algumas outras que íam surgindo neste intervalo de tempo. Pouco tempo depois, e após alguns vocais na formação, convidamos o Thiago para o cargo. Já conhecíamos o trabalho dele no Decried e gostávamos muito do gutural dele. Ele aceitou e já no primeiro ensaio decidimos que ele ficaria na banda.
Quanto ao baixo, nosso amigo, Átila, assumiu o cargo após a saída do nosso antigo baixista, Bruno Abbate. Nós já conhecíamos o Átila de longa data e por isso foi extremamente fácil decidir que ele ficaria responsável pelo trabalho.
Quanto ao Gustavo, infelizmente nosso baterista, Rogério, passou por problemas de saúde graves e teve que se afastar da banda por tempo indeterminado; e como nós já conhecíamos o Gustavo por ter tocado juntos algumas vezes (ele tocando com o Thunder God – Amon Amarth Tribute), decidimos chamá-lo para substituir o Rogério. Ele aceitou e está até hoje com a gente na banda.
VI. Usando apenas três palavras, como descreveriam a sonoridade da Arthanus a alguém que nunca ouvido a banda?
Em três palavras seria: Viking Death Metal. Se pudéssemos nos descrever melhor, aí a conversa já seria um pouco mais longa!
VII. ‘Asgard Palace’, lançado em 2013, é um EP que sinceramente é sensacional. Constituído por três faixas eletrizantes, tremendamente bem feitas, seja em questões líricas ou de qualidade musical mesmo. Enfim, um EP que você nunca o ouvirá uma vez só. Como foi compor e produzir tal obra-prima via independente?
Primeiramente, muito obrigado novamente pelas palavras! É realmente muito gratificante saber que atingimos tal objetivo. Mas vamos lá, gravar de forma independente é mais que comum quando se trata do estilo de som que ouvimos e curtimos. Todo a gravação foi custeada por nós, integrantes da banda. Todos investimos neste projeto e assim ele foi se concretizando.
A EP 'Asgard Palace' e sua sensacional arte de capa.
VIII. A Arthanus tem presença garantida sempre em eventos como Odin’s Krieger Fest, Asgard Fest, Feira Entre Mundos e Thorhammerfest. Logo, o que pensam da cena do metal underground nestes eventos?
É importantíssimo que se tenha eventos dessa linha no cenário hoje em dia. É uma cena que vem crescendo a cada dia e a quantidade de eventos que surge torna isso cada vez mais real e próspera.
IX. Se fosse para nomear um apenas, qual seria um show memorável na história da Arthanus?
Se for pra nomear apenas um, teria que ser o nosso último show, no Odin’s Krieger Festival. Aquilo foi fantástico. Um festival somente com bandas nacionais e uma estrutura de primeira. E o que tornou único para a gente foi a maneira como o público nos recebeu. A galera agitou do começo ao fim. Foi realmente especial.
X. Assim como já conversamos, a maioria dos shows da Arthanus tem acontecido em São Paulo. Está nos planos de vocês fazer uma tour por todo o Sudeste, quem sabe pelas demais regiões do país?
Sim, com certeza é de nosso interesse tocar nas demais regiões do país. Por enquanto, está somente em nossos planos, mas quem sabe no futuro, teremos a honra de ser convidados para tocar nas demais regiões do país.
XI. A Arthanus entrou para estúdio ainda em 2015, certo? Estaria vindo aí um full-length como primeiro álbum da banda?
Exato. Estamos em processo de finalização do nosso primeiro full-length. Gravamos 9 músicas das quais 2 são do nosso EP Asgard Palace e 7 são inéditas. Só vamos deixar claro que as músicas do EP foram totalmente regravadas e portanto, estão com uma nova “cara”.
XII. Como está a agenda de shows da Arthanus para este final de 2015? E o que almejam para o futuro?
Em 2016, estamos agendados somente para o Thorhammerfest e estamos na maior expectativa.
Agora, se você acompanhar a agenda de show do Arthanus, você irá perceber que não temos o costume de tocar muito. Nossa média de show é de 1 a cada 2 meses. Porém, saindo o nosso primeiro álbum, temos o interesse, sim, de começar a tocar mais vezes e em lugares em que ainda não tocamos.
XIII. E para finalizar nossa conversa, desejo todo sucesso à Arthanus e a cada um de vocês e agradeço novamente em nome do Oroborus pelo tempo e disposição de vocês. O espaço final é da Arthanus!
Nós gostaríamos de agradecer pelos elogios e pelo espaço que nos foi dado. Aproveitar para dizer que ainda bem que existem blogs como o Oroborus que mantém o metal sempre na ativa. Esperamos nos ver em muitos shows ainda.
Postado por Caterine Souza
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