domingo, 31 de julho de 2016

Ithilien: o poderoso e emocionante folk metal da Bélgica



A entrevista dessa semana é com essa maravilhosa banda de folk metal da Bélgica.
Eu os conheci procurando por bandas do gênero pelo mundo virtual. 
Confira essa entrevista que fizemos com Pierre, vocalista e guitarrista do Ithilien.

Localização: Bruxelas, Bélgica

Pierre (Vocal, guitarra & bouzouki)
Tuur (Guitarra)
Ben (Baixo)
Hugo (Gaita de fole)
Geoffroy (Gaita de fole e flautas)
Sabrina (Hurdy Gurdy)
Olivier (Teclado)
Jerry (Bateria)


Gênero: folk metal


I.

Olá, Ithilien! Primeiramente, quero agradecê-los pela oportunidade desta entrevista para o blog Oroborus. Para os mais aficionados, a primeira coisa que vem a cabeça de quem vê/escuta o nome da banda é O Senhor dos Anéis. O nome Ithilien foi de fato inspirado no mundo fantástico de J.R.R. Tolkien?

Olá! Imagina, de nada! Nós apreciamos muito esse apoio de vocês em conversar conosco. De fato o nome ITHILIEN vem dos livros do Tolkien. A maioria de nós da banda cresceu com  ‘O Senhor dos Anéis e quando estávamos para escolher um nome para a banda, um de nós propôs Ithilien. Todos nós concordamos que soava muito bem e então mantivemos esse nome desde esse dia.




II.
Podem nos contar como foi o processo de formação da Ithilien? Como foi juntar as pessoas perfeitas para a proposta de som da banda?

Bem, não foi fácil e certamente levou um bom tempo. Eu (Pierre), comecei a banda em 2005. Aquele era o momento no qual o nome foi escolhido. Em sete anos, eu vi pelo menos três mudanças inteiras na formação e tantos casos de músicos abandonando o projeto que eu mal consigo dizer. Assim como você pode imaginar, não foi fácil manter a motivação nesses casos. Foi apenas em 2012 que eu conheci os colegas de banda perfeitos para o projeto: Ben, no baixo; Jerry, na bateria e Olivier, nos teclados. E aliás, eu realmente considero que a banda apenas começou naquele momento.  Alguns meses depois, um jovem que tocava gaita de fole (Geoffroy) juntou-se à nós e um pouco mais tarde, conhecemos Sabrina (toca hurdy gurdy) e Hugo (toca gaita de fole também).

III.
Qual banda os inspirou a se tornar músicos?



Tendo pais músicos, eu comecei a tocar violão clássico aos cinco anos. Eu descobri metal só quando já tinha 11 anos, e foi bem aí que comecei a tocar guitarra. Desde essa época, eu tenho sido inspirado por muitos gêneros e bandas como Children of Bodom, Wintersun, Ensiferum, Moonsorrow, Kalmah, Dimmu Borgir, Dissection, Parkway Drive, entre muitas outras...

 Da esquerda para a direita: Ben, Sabrina, Jerry, Pierre, Tuur e Hugo. Foto por Bruno Dyserinck



IV.
Uma curiosidade pessoal que tenho é com relação ao logo de vocês que, aliás, foi modificado recentemente, certo?
Ele tem tudo a ver com a evolução da banda. No começo, nós tínhamos uma pegada muito mais underground, muito mais próxima do black/death metal. E foi nessa época que o EP 'Tribute to the Fallen' foi escrito. Em 2012, com algumas mudanças na formação do Ithilien, decidimos voltar para os anos 90. E foi aí que decidimos incorporar melodias e instrumentos do folk. A ideia geral naquele momento era produzir um folk metal mais old school, como o início do Ensiferum, do Moonsorrow etc, que, na nossa opinião, estava faltando. Mas em algum momento nós entendemos que nosso antigo logo não se encaixava mais com a nova imagem que estávamos criando. Essa é a razão principal porque pela qual o mudamos.


V.
O Encyclopaedia Metallum descreve a Ithilien sob o melodic folk, uma vertente que pessoalmente não vi anteriormente. Seria esta uma nova vertente do metal na qual a Ithilien é pioneira?
Pessoalmente, eu não sou um fã de subgêneros. Essa não é exatamente a forma que eu descreveria nosso som atual. Em poucos meses, nosso novo álbum 'Shaping the Soul' será lançado e o nosso som terá mudado mais uma vez. A propósito, uma música acabou de ser lançada em nossa página do Facebook, se chama "Edelweiss". Sintam-se à vontade para conferi-la! (www.facebook.com/ithilien.music). Eu definira nosso som atual como sendo folk metal moderno com um toque de influências de metalcore. Isso nos dá uma combinação mais poderosa para com um emocional mais ativo!



VI.
Também segundo o Metallum, a temática das letras da Ithilien é composta de batalhas, histórias, bebedeiras e mitologia. Por que escolheram estes assuntos para temática para a band?

Talvez nós devêssemos dar uma olhada no Metallum. Parece que lá está cheio de informações que não correspondem 100% ao que o Ithilien é hoje (haha).
Em nosso álbum anterior ('From Ashes to the Frozen Land') as músicas tinham temas líricos duplos. O tema principal era basicamente sobre Senhor dos Anéis. Mas a mensagem subliminar era sobre emoções fortes que os homens passam durante tempos difíceis que incluem perdas, perseverança e etc.
Com nosso novo álbum, ‘Shaping the Soul’, nós decidimos trazer algo que todo mundo tivesse vivenciado pelo menos uma vez na vida:  o pesar.


VII.
O EP ‘Tribute to Fallen’, lançado em 2011, é incrível por assim dizer. Como foi compô-lo, gravá-lo e produzi-lo?

As músicas do 'Tribute to the Fallen' foram escritas no comecinho da banda. E em 2011, nós gravamos e produzimos essas músicas todas por nós mesmos. A parte financeira da banda naquela época fez com que esses processos fossem bem difíceis para nós.



VIII.
Como vocês descreveriam o som da Ithilien utilizando apenas 3 palavras?

Com o nosso novo álbum, ‘Shaping the Soul’, eu descreveria o som do Ithilien como:

      -       Poderoso
-       Emocionante
-       Desconhecido


 'From Ashes to the Frozen Land', Primeiro full-length do Ithilien e sua incrível arte de capa.

IX.
O álbum full-length, lançado em 2013, ‘From Ashes to the Frozen Land’ é um álbum que eu chamaria facilmente de impecável, após ter ouvido incontáveis vezes. Como foi compor e produzir tal obra prima?

'From Ashes to the Frozen Land' foi quase que completamente todo produzido por nós mesmos. Apenas o último passo,  a masterização que foi feita em estúdio. A razão é claro, foi puramente financeira. Portanto, isso nos levou praticamente um ano para lançá-lo. Considerando isso, nós ficamos muito felizes com o resultado final.



 
X.
Como explicariam a evolução sonora da Ithilien à uma pessoa que ainda não os tenha ouvido?
Como eu disse antes, a banda passou por muitas mudanças, incluindo seu gênero principal. No início, eu diria que começamos com um melodic death/black metal. Por volta de 2012, a banda evoluiu para um folk metal clássico. Hoje, nós continuamos com o folk, mas com um toque mais moderno o qual, pelo que eu saiba, nunca se foi criado coisa parecida antes.



XI.
Como se deu a parceria entre a Ithilien e a gravadora Mighty Music Records?
Ficamos muito orgulhosos de assinar com a Mighty Music. para o álbum 'From Ashes to the Frozen Land'. A parceria se deu muito bem e esperamos trabalhar com eles novamente no futuro.



XII.
O que poderiam dizer sobre a cena local do metal underground aí na Bélgica?

Há uma quantidade enorme de boas bandas em nosso pequeno país. Porém, deve haver duas ou três apenas que tocam folk metal. Nós temos alguns poucos festivais com ótimos palcos também.



XIII.
Vocês da Ithilien recentemente fizeram uma turnê pelo Japão com os incríveis caras da Eluveitie. Contem-nos um pouco sobre como foi esta experiência para a banda.

De fato, nós estivermos em tour algumas vezes com o Eluveitie: no Japão e alguns meses depois pelo norte da Europa. Ambas renderam ótimas experiências! Fazer tour pelo Japão foi provavelmente os melhores momentos que tivemos até hoje. Os japoneses são muito simpáticos e realmente gostaram muito da nossa música. Nós ficamos sabendo que fizemos muitos fãs por lá!  Esperamos de verdade que consigamos voltar ao país logo.





XIV.
No ano de 2015, o qual a Ithilien completa 10 anos, quais os planos futuros?

É verdade que o nome foi escolhido 10 anos atrás. Entretanto, sendo o fundador da banda, só considero que ela está realmente na ativa, há apenas quatro anos, o que não é muito tempo se for ver. De qualquer forma, nossos próximos planos estão bem diretos. Nós acabamos de gravar nosso novo álbum chamando ‘Shaping The Soul’, que esperamos que nos leve a outro nível em termos de música. Nós temos alguns shows em mente, basicamente na Bélgica, mas esperamos entrar em turnê logo, logo. Talvez no Brasil? (haha)



XV. 
Para fecharmos nossa conversa, gostaria de agradecê-los novamente em nome do Oroborus. O espaço final é com vocês!


Agradeço muito por esta entrevista! É sempre um grande prazer conversar sobre nossa paixão. 

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Postado por Caterine Souza.

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