Localização: São Paulo
Rosano Pedro Matiussi
(vocal, guitarra)
Guilherme Nolasco
(guitarra)
Alexandre Dantas
(bateria)
Riverton Alves
(baixo)
Gênero: Technical Thrash/Progressive Death Metal
I. Olá, Abstracted! Primeiro, gostaríamos de agradecê-los pela oportunidade de entrevista. Primeiramente, como foi procurar um nome que se encaixasse bem com as ideias e propostas de som da banda?
Rosano Pedro Matiussi: Poxa, nós que agradecemos. Parabéns pelo trabalho fantástico no blog em evidenciar as bandas “escondidas” do underground!
Bom, a proposta da banda sempre foi fazer um som diferente, livre e complexo. Eu vi o nome “Abstracted” numa música da banda sueca de Melodic Death Metal “Scar Symmetry”, daí eu pensei que seria o nome ideal, uma vez que passa essa ideia de abstração, complexidade e imprevisibilidade.
Bom, a proposta da banda sempre foi fazer um som diferente, livre e complexo. Eu vi o nome “Abstracted” numa música da banda sueca de Melodic Death Metal “Scar Symmetry”, daí eu pensei que seria o nome ideal, uma vez que passa essa ideia de abstração, complexidade e imprevisibilidade.
II. Contem-nos um pouco da história de formação da Abstracted. E quais influências cada um de vocês traz para a banda?
R.: A Abstracted surgiu em 2014, após nossa antiga banda “Nyth” ter acabado. Os membros da Nyth eram eu (Rosano), o Alexandre e o Riverton e Vinícius Santiago. Após a saída do Vinícius, eu peguei uns sons antigos que eu tinha escrito uns 2 anos atrás, chamei o Guilherme pra tocar guitarra e, desde então, não paramos mais.
Nossas principais influências, de forma mais resumida, são: Opeth, BTBAM, Obscura, Death, Necrophagist, Coroner, Fates Warning, Evergrey, Edge of Sanity, Fallujah, Periphery e Monuments.
Da esquerda para a direita: Riverton Alves, Rosano Pedro Matiussi, Guilherme Nolasco e Alexandre Dantas. Foto por Bruno Dinamarco
III. Um dos detalhes mais importantes quando se trata de uma banda, além do som, é claro, é sua apresentação, seu logo. Como conseguiram um que se encaixasse perfeitamente com a Abstracted?
R.: Foi um trabalho muito delicado na procura e filtragem de artistas que tivessem um estilo compatível com o da banda, até que achamos o trabalho do Carlos Fides, que desenhou a capa do EP do André Casagrande. Carlos já tinha trabalhado com uns figurões do Metal, como o Evergrey e o Kamelot. Quando buscamos contratá-lo para fazer nossa identidade visual, demos a ele a maior liberdade para criar como artista, pra colocar sua própria identidade no que viria ser a cara da Abstracted, e achamos que ele executou o trabalho com maestria.
IV. Como foi o primeiro show da Abstracted?
R: Foi uma experiência bem diferente. Nós estávamos um pouco receosos com relação ao nível técnico dos sons e que talvez a gente não conseguisse executar ao vivo o que nós tínhamos escrito, mas no fim das contas, correu tudo bem e o pessoal realmente curtiu pra caramba!
V. Qual seria aquele sonho coletivo de vocês enquanto banda? E quais bandas gostariam de dividir palco?
R: Creio que seja o sonho de qualquer banda: Ser reconhecido pelo trampo honesto que a gente faz. Nós não temos aquela pretensão pueril de sermos rockstars ou vivermos da banda. Cada um tem seu emprego e faz faculdade. Nós somos bem pés no chão com relação a isso, mas tocar num festival grande ao lado das grandes bandas seria um objetivo nosso em comum.
Eu, pessoalmente, gostaria muito de dividir os palcos com o Meshuggah, Opeth, Evergrey, Obscura e Monuments.
'Ophidian' é o primeiro trabalho da banda. Excepcional de som e excepcional de arte de capa também, por Carlos Barbosa.
VI. O primeiro trabalho da Abstracted foi o EP ‘Ophidian’, lançado em 2015. Com quatro faixas sensacionais, duas delas – “Fleshmade Canvas” e “Cosmic Dust” - com participações de André Casagrande e Michael Stancel e Greg Burgess, da banda estadunidense Allegaeon. Como foram os processos de gravação deste EP? E quanto à arte de capa?
R: Obrigado! Bom, o processo de gravação é bem cansativo, mas é uma experiência muito bacana. O processo criativo e construtivo dentro do estúdio é algo fantástico. É onde você passa de compositor pra ouvinte, e finalmente tem a chance de apreciar sua obra. O Greg e o Mike foram super solícitos conosco. Fizemos o convite às pressas, porque já estávamos na etapa de mixagem do EP e eles nos entregaram os solos em menos de 5 dias. São fantásticos como guitarristas e como pessoas. Já o André costuma gravar no estúdio onde nós gravamos nosso EP. O trampo dele é fantástico e quando eu ouvi, sabia que encaixaria perfeitamente com segundo solo da Fleshmade.
Já a arte de capa, nós tínhamos uma ideia sobre o nome “Ophidian”. Existe um paralelo entre o título e a mensagem que é proposta no EP. As letras têm um cunho meio misantrópico. Na capa, existem várias cobras, num templo, em volta do tridente do Deus Hindu da destruição “Shiva”. O que pode ser entendido como “O ser humano traiçoeiro vive num constante culto à destruição”, a grosso modo.
VII. Nas quatro faixas do ‘Ophidian’ a língua utilizada é o inglês. Pretendem cantar em português em trabalhos futuros?
R: Não, acho que esse tipo de som soa melhor em inglês. Pretendemos manter como está.
VIII. Pesquisando sobre a banda, encontramos a participação de vocês no Festival 300 Tiro por Minuto, como foi essa experiência para vocês? E como classificariam a cena underground de SP?
R: O 300 Tiro Por Minuto foi o grande responsável pela Abstracted existir. Tocamos no festival duas vezes e ambas foram fantásticas. A Cena underground esconde muita coisa legal e fica soterrada pelo fato de existirem muitas bandas, num catado geral. Menções honrosas à banda AllKings e à Inversa.
Presença da Abstracted no segundo festival 300 Tiro por Minuto. Ao lado de Beyond Samsara, Fatal, Brutal Noise Attack e Shallow Void. Foto por Bruno Dinamarco.
IX. Ainda sobre o underground, quais bandas vocês indicariam à um fã de metal?
R: Greatness Design, The Ritual Aura, Ne Obliviscaris, Gorod e Ever Forthright são as que eu mais curto na atualidade.
X. Quais seriam as três palavras para descrever o som da Abstracted a quem ainda não os tenha ouvido?
R: Hm.... Acho que seria... Música Esquisita Demais! hahahahaha
XI. Como está a agenda da Abstracted para esse segundo semestre de 2016? E quanto aos planos para um futuro próximo?
R: Atualmente, estamos preparando o sucessor do 'Ophidian'. Temos cerca de sete músicas prontas que vão passar por uma breve reavaliação de todos na banda. Cremos que até o primeiro semestre de 2017, teremos nosso primeiro Full-Length lançado para todo mundo poder curtir aí!
XII. Agora, para finalizarmos a entrevista, gostaríamos de agradecê-los novamente pela atenção e consideração de vocês. Desejamos sucesso a cada um e à Abstracted. O espaço final é livre para vocês!
R: Nós é que agradecemos pela oportunidade, obrigado por nos receber no seu Blog e é sempre um grande prazer! Obrigado a todo mundo que nos apoiou nesses anos de incessante trabalho, e aguardem notícias alvissareiras que estão por vir.
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