quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Perventor: a destruição no black metal colombiano



Black Metal

Membros: Noire Perventor 

País:
Colômbia


Essa foi uma entrevista que fizemos com o ilustre cara por trás da maravilha que é o Perventor. Confira abaixo um pouco desta banda!

Caterine 1:
Olá, Noire Perventor! Muito obrigada por fazer essa entrevista conosco do blog Oroborus. Primeiro, eu me pergunto, de onde que veio o nome Perventor?
Noire: Olá, primeiro eu gostaria de agradecê-los pelo apoio e respondendo, o nome nasceu como um acrônimo para “Perversion and Torment”, mas também significa “chegada” em Latim.

Caterine 2: Por que você escolheu fazer da Perventor uma one-man band?
Noire: Eu comecei com a ideia em 2005/ 2006. Era um projeto que eu sempre tentei injetar energia como uma banda de black metal enquanto eu estava tocando com meus amigos por toda a minha juventude porque nós aprendemos a tocar instrumentos juntos (hehe). Naquela época eles preferiam tocar mais heavy e thrash metal, eu quase nunca encontrava alguém que tivesse respeito pelo black metal, então... Eu segui algumas influências de one-man bands e comecei a gravar.

Caterine 3: A partir do ponto de que a Perventor é uma one-man band, quais seriam suas influências musicais? E se você pudesse tocar numa banda que você gostasse muito, qual seria ela?
Noire: Bem, Xasthur é de influência enorme pra mim, Tsjuder, Horna e Bathory, o Emperor e o Gorgoroth no começo, Drowning The Light e Nargaroth. Realmente, nunca pensei em tocar em alguma banda por aí.

Caterine 4: Os temas das músicas são dos mais extremos. O Metallum diz que estes são anticristianismo, ódio, misantropia, guerra e luxúria. Por que escolheu estes para ser a temática da Perventor?
Noire: Eu acho, porque eu não tenho nada de bom e positivo para expressar sobre. Eu odeio tudo sobre o Cristianismo e a guerra é uma realidade que tem consumido e consumirá toda a humanidade até o fim dos dias. E sobre a misantropia e a luxúria, não é tão difícil de me entender, certo?

Caterine 5: Black metal é um subgênero do metal apreciado por pessoas “preparadas” porque o som tem características como essa faceta mais “necro” que nem todo mundo gosta. Como você descreveria sua música às pessoas?
Noire: Como você mesma disse: necro e cru, estridente com mensagens subliminares nos riffs da guitarra e um som feito totalmente contra a tendência.

Caterine 6: Eu escutei as demos ‘Demo I’ e ‘Demo II’, lançadas em 2010 e 2012, respectivamente. Como foi escrever, compor e produzir músicas tão incríveis quanto as que estes álbuns tem via independente?
Noire: Estou surpresa que você tenha ouvido a ‘Demo I’ (haha), eu nunca pensei sobre, mas agora que me perguntou, acho que é complicado de explicar. Foi um processo raro e longo, coisas boas e ruins aconteceram e, pelo menos para mim, algumas são refletidas nessas demos de algum jeito.

Caterine 7: O último trabalho da Perventor foi ‘Demo III’, lançado em 2014, que é uma demo ótima também. Qual seria a palavra para descrever todo o processo de compor esta obra-prima?
Noire: Obrigado pelo termo “obra-prima” e a palavra seria “renascimento”.




Caterine 8: E sobre o mais recente EP chamado ‘Destruccion, que siembras?’ e lançado este ano. Você planeja em novos álbuns para a Perventor?
Noire: Ah sim, claro! O próximo carregamento de ódio será lançado no começo de 2016.

Caterine 9: Como você descreveria a evolução das músicas do Pervento desde o início da banda em 2008 para o que ela é hoje?
Noire: Como uma estrada com obstáculos que eu venci com o tempo e que me trouxeram muitas memórias e ensinamentos.

Caterine 10: Você pensa em fazer shows com a Perventor algum dia?
Noire:  Não tenho tanta certeza. Talvez num dia beeeeem distante, se eu estiver vivo e saudável. Quando comecei a gravar os samples para a ‘Demo I’, eu não estava interessado na exibição da Perventor como uma banda para shows.
Recentemente, ano passado, fui convidado em minha própria cidade e eu não sei porque não disse “não”, talvez porque eu tinha algum apreço por quem tinha me convidado, mas bem... eu apenas comento com os amigos de minha outra banda e nós recentemente tocamos as músicas que gravamos (hahaha). As pessoas não ligaram mesmo assim, foi uma noite boa.

Caterine 11: Quando procuramos sobre encontramos no Youtube e no Metallum que você também toca numa banda chamada Ritos de Muerte, que não é uma one-man band. Qual a experiência de trabalhar com esses dois tipos de configuração numa banda?
Noire: Na Ritos de Muerte eu encontrei o que eu estava procurando para a Perventor anos atrás: um bom baterista. Minha cidade Barrancabermeja é pequena e tem apenas alguns poucos bateristas que são bons também, mas mais focados em suas próprias bandas e como eu disse anteriormente, nenhuma delas interessadas em black metal.
Eu conheci o baterista da Ritos de Muerte, ele gosta de ser chamado de ‘”Misht”, em Bucaramanga, uma cidade maior a duas horas e meia de minha casa. Nós compartilhamos instantaneamente a insanidade e o ódio pelo Cristianismo, e claro, começamos a tocar juntos. Não demorou muito tempo para que chamássemos outros amigos próximos: “Asmodeo” (segundo guitarrista) e “Rising Fire” (baixista), mas eles profanam conosco há um ano apenas.
Atualmente, nos estúdio, só somos eu e Misth. Já para as performances ao vivo nós fizemos alianças com dois irmãos de horda do outro lado do país ( são de Pasto, Nariño), são eles AlastorGoat na segunda guitarra, da banda War Metal, e Leviathan das bandas Pagan Blood e Ancestral Mor.

Caterine 12: Como descrever a cena do metal underground na sua cidade atual, Barrancabermeja, Colômbia?
Noire: Hmmm, sem comentários...

Caterine 13: E para finalizar nossa conversa, nós estamos muito agradecidos por seu tempo e consideração em responder o Oroborus. O espaço final é pra você!
Noire: Bem, eu gostaria de agradecer você e aos maníacos do Oroborus pelo apoio. Continuem apoiando a cena underground e ergam-se contra esse judeu-cristianismo fodido. Hail!




Postado por Caterine Souza

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